sexta-feira, 29 de junho de 2018

JULHO - Amarelo: O sétimo mês do ano ganha a cor amarelada para trazer à tona a conscientização sobre o câncer ósseo e também as hepatites virais.

1º Parte: Câncer nos Ossos: Dor nos ossos pode ser tumor ósseo? Conheça os tipos de câncer ósseo

 Artigo com tudo sobre os principais tipos de tumor ósseo, que apesar de raros, podem se confirmar como um câncer nos ossos, como o osteossarcoma. 

 

Quando falamos de câncer ósseo estamos descrevendo um tumor maligno que destrói o tecido ósseo saudável. Nem todos os tumores ósseos são malignos e, de fato, tumores não malignos (benignos) são muito mais comuns do que os tumores malignos. O câncer nos ossos pode ser dividido em em primário e secundário: o primeiro, o câncer ósseo primário se forma nas células dos ossos e o câncer ósseo secundário começa em outra parte do corpo, eventualmente se espalhando para os ossos (metástase).
Nos Estados Unidos, onde tem-se uma estimativa bastante fiel, até o final de 2016, foram relatados por volta de 3.300 novos casos e 1.490 mortes por câncer nos ossos e articulações.As taxas de sobrevivência de um câncer ósseo varia dependendo de uma infinidade de fatores, incluindo o tipo e o estágio do câncer. De acordo com a Universidade de Rochester, no Reino Unido, somando todos os tipos de câncer nos ossos, combinados, a taxa de sobrevivência para 5 anos é de cerca de 70%

Tipos de câncer nos ossos

O tumor ósseo primário pode ser dividido em um tumor benigno; ou ser considerado um câncer (“maligno”). Abaixo estão alguns dos tipos mais comuns de câncer nos ossos:

Tumores ósseos benignos

Os tumores benignos podem ocorrer devido a alterações de desenvolvimento, traumas, infecções, inflamação ou crescimento anormal de tecido (neoplásico); Eles são mais comuns em pessoas com menos de 30 anos.

Exemplos de tumor ósseo benigno incluem o: 

  • osteoma,
  • osteoma osteoide,
  • osteocondroma,
  • osteoblastoma,
  • encondroma,
  • tumor ósseo de células gigantes,
  • cisto ósseo aneurismático
  • e a displasia fibrosa óssea.
Um pouco sobre os tipos mais comuns de tumor ósseo benigno:
Osteocondroma é o tumor ósseo benigno mais comum. É mais frequente em pessoas com menos de 20 anos. 
  1. Tumor de células gigantes é um tumor benigno, afetando tipicamente a perna (os tipos malignos deste tumor são incomuns).
  2. Osteoma osteoide é um tumor ósseo, que freqüentemente ocorre em ossos longos, e mais comumente por volta dos 20 anos.
  3. Osteoblastoma é um tumor que ocorre na coluna vertebral e ossos longos, principalmente em adultos jovens.
  4. Encondroma aparece geralmente nos ossos da mão e dos pés. Muitas vezes não tem sintomas. É o tipo mais comum de tumor nas mãos.

Câncer ósseo primário

Exemplos de câncer ósseo primário incluem:
  • osteosarcoma,
  • condrossarcoma,
  • sarcoma de Ewing,
  • histiocitoma fibroso maligno,
  • fibrossarcoma
  • e outros sarcomas.
O mieloma múltiplo é um câncer do sangue que pode incluir um ou mais tumores ósseos. Determinados tipos de câncer nos ossos são encontrados em ossos específicos, por exemplo, teratomas e tumores de células germinativas são freqüentemente localizados no cóccix.

Osteossarcoma

O osteossarcoma é o tipo mais comum de câncer ósseo. Geralmente desenvolve-se em crianças e adultos jovens. Depois da leucemia e dos tumores cerebrais, o osteosarcoma é o terceiro câncer mais comum em adolescentes.

O Sarcoma de Ewing geralmente se desenvolve na pelve, osso da canela ou osso da coxa. Ele afeta mais comumente adolescentes e adultos jovens.

Condrossarcoma

O Condrosarcoma é um tipo de câncer nos ossos que geralmente se desenvolve em adultos. Ele começa nas células da cartilagem e se move para os ossos.
A perspectiva para um paciente com câncer ósseo maligno depende principalmente se ele tem metástase (quando se espalha para outras partes do corpo). Se o câncer está localizado (não se espalhou) o prognóstico é geralmente bom.


Câncer nos Ossos Secundário (metastático)

Em inúmeros casos, o câncer nos ossos se espalhou de qualquer outra parte do corpo, não tendo sido iniciado no sistema músculo esquelético. A isso chamamos de câncer metastático. Mesmo que esse tipo de câncer se espalhe para o osso, ele não é considerado um “câncer ósseo” porque as células tumorais são do câncer primário.
Por exemplo, uma pessoa com câncer de pulmão, que se espalhou para o osso é considerado como tendo câncer de pulmão com metástase para o osso – não câncer de pulmão e câncer ósseo.
Os cancros que mais normalmente se propagam aos ossos incluem:
  • Câncer de mama
  • Câncer de próstata
  • Câncer de pulmão 

    Sintomas de câncer nos ossos

    O sintoma mais característico do câncer nos ossos definitivamente é a dor. O paciente inicialmente sente dor na área afetada, que com o tempo piora e continua. Em alguns casos, a dor é sutil, e o paciente pode não se consultar com um médico por vários meses.
    A progressão da dor com o sarcoma de Ewing tende a ser mais rápida do que na maioria dos outros tipos de câncer nos ossos. Tipicamente, a dor de câncer nos ossos é profunda, irritante e tem um caráter permanente.
    E também:
  • Pode haver inchaço na área afetada
  • Muitas vezes o osso vai enfraquecer, resultando em um risco significativamente maior de fratura
  • O paciente pode perceber que perde peso involuntariamente
  • Uma massa (nódulo) pode ser sentida na área afetada
  • Embora muito menos comum, o paciente também pode ter febre, calafrios e/ou suores noturnos

Causas do câncer ósseo

Ninguém sabe quais são as causas específicas do câncer nos ossos, mas o desarranjo celular, como em todos os tipos de tumor é o motivador da doença. Pacientes com doenças inflamatórias crônicas (a longo prazo), como a doença de Paget, têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer ósseo ao longo da vida. No entanto, ninguém pode explicar por que uma pessoa manifesta câncer nos ossos, enquanto outros não.
Os seguintes grupos de pessoas têm maior risco de desenvolver câncer ósseo:
  • Crianças, adolescentes e adultos muito jovens – a maioria dos casos de câncer ósseo ocorre em crianças ou jovens adultos com idade até 20
  • Doentes que receberam radioterapia
  • Pessoas com história de doença de Paget
  • Pessoas com parentes próximos (pais ou irmãos) que tiveram câncer ósseo
  • Indivíduos com retinoblastoma hereditário – um tipo de câncer de olho que mais comumente afeta crianças muito jovens
  • Pessoas com síndrome de Li-Fraumeni – uma condição genética rara
  • Bebês nascidos com hérnia umbilical

 

Localização do Câncer Ó

Ninguém sabe quais são as causas específicas do câncer nos ossos, mas o desarranjo celular, como em todos os tipos de tumor é o motivador da doença. Pacientes com doenças inflamatórias crônicas (a longo prazo), como a doença de Paget, têm um risco significativamente maior de desenvolver câncer ósseo ao longo da vida. No entanto, ninguém pode explicar por que uma pessoa manifesta câncer nos ossos, enquanto outros não.
Os seguintes grupos de pessoas têm maior risco de desenvolver câncer ósseo:
  • Crianças, adolescentes e adultos muito jovens – a maioria dos casos de câncer ósseo ocorre em crianças ou jovens adultos com idade até 20
  • Doentes que receberam radioterapia
  • Pessoas com história de doença de Paget
  • Pessoas com parentes próximos (pais ou irmãos) que tiveram câncer ósseo
  • Indivíduos com retinoblastoma hereditário – um tipo de câncer de olho que mais comumente afeta crianças muito jovens
  • Pessoas com síndrome de Li-Fraumeni – uma condição genética rara
  • Bebês nascidos com hérnia umbilical

sseo

Pode-se dizer que o joelho é o local mais comumente afetado pelo câncer ósseo. Uma proporção de até 50% dos tumores malignos se localizam nessa região. Os motivos ainda estão sendo estudados, mas o indicativo é importante, pois sabendo-se que essa região é a de maior incidência e que os tumores ósseos são mais comuns em crianças e adolescentes, dores no joelho nos jovens, apesar de todas as motivações possíveis (lesão, trauma…), devem ser investigadas com olhar também oncológico.

Diagnóstico de câncer ósseo

Um médico pode solicitar um exame de sangue para descartar outras possíveis causas dos sintomas do paciente. O paciente será então encaminhado a um especialista em câncer nos ossos, o oncologista ortopédico.

Os seguintes testes de diagnóstico podem ser solicitados:

  1. Varredura óssea: um líquido com material radioativo é injetado na veia. Este material é infiltrado no osso, especialmente em áreas anormais, e lido por um scanner.
  2. Tomografia computadorizada: este exame é comumente usado ​​para ver se o câncer nos ossos se espalhou e para onde ele se espalhou.
  3. Ressonância Magnética: o dispositivo de ressonância magnética usa o campo magnético e ondas de rádio para criar imagens detalhadas do corpo, que neste caso, refere-se a um osso específico ou parte de um osso.
  4. Tomografia (PET Scan): uma tomografia PET utiliza radiação, ou imagens de medicina nuclear, para produzir imagens em cores 3-D dos processos funcionais do corpo humano.
  5. Raio-X: radiografias podem detectar qualquer dano que o câncer pode ter causado ao osso. Também pode detectar novas células ósseas que começaram a se formar em torno do tumor. Uma radiografia não fornece dados suficientes para um diagnóstico definitivo, mas pode ajudar o cirurgião ortopédico a decidir se outros testes são necessários.
  6. Biopsia óssea – uma amostra de tecido ósseo é extraído e examinado para células cancerosas. Esta é a maneira mais confiável para diagnosticar câncer ósseo. A biópsia com agulha central usa uma agulha longa e fina que infiltra no osso para remoção de uma amostra. Já em uma biópsia comum faz-se uma incisão na área óssea alvo e remove-se cirurgicamente uma amostra de tecido.

    Estágios do câncer ósseo

    O câncer de osso tem diferentes estágios que descrevem seu nível de avanço.
  7. Estágio 1: o câncer não se espalhou para fora do osso. O câncer não é agressivo.
  8. Estágio 2: igual ao estágio 1, mas é um câncer agressivo.
  9. Estágio 3: tumores existem em pelo menos dois lugares no mesmo osso.
  10. Estágio 4: o câncer se espalhou para outras partes do corpo.

 

Tratamento do câncer ósseo

O tipo de tratamento para o câncer ósseo depende de vários fatores, incluindo o tipo de câncer nos ossos, onde ele está localizado, quão agressivo ele é, e se ele está localizado ou se espalhou.
Existem três abordagens para tratar um câncer ósseo:
  • Cirurgia
  • Radioterapia
  • Quimioterapia

Cirurgia para Câncer nos Ossos

O objetivo da cirurgia é remover o tumor (se possível completamente) e parte do tecido ósseo que o rodeia. Se alguma porção do câncer for deixado para trás depois de remover-se cirurgicamente o tumor, ele pode continuar a crescer e eventualmente se espalhar.
Algumas intervenções cirúrgicas ocorrem sem ter que se amputar o membro. O cirurgião pode utilizar algum osso de outra parte do corpo para substituir o osso perdido (enxerto ósseo), ou um osso artificial pode ser utilizado. Em alguns casos, no entanto, a amputação de um membro pode ser necessária.

Radioterapia para Câncer nos Ossos

A radioterapia é comumente usada no tratamento de muitos tipos de câncer. Nela, são usados feixes de raios-X de alta energia ou partículas (radiação) para destruir células cancerosas. A radioterapia funciona danificando o DNA dentro das células tumorais, destruindo sua capacidade de se reproduzir.
A radioterapia pode ser usada por diferentes razões:
  1. Cura total: para curar o paciente, destruindo completamente o tumor.
  2. Para aliviar os sintomas: a radioterapia é frequentemente utilizada para aliviar a dor em tipos de câncer ósseo mais avançados.
  3. Radioterapia neo adjuvante (antes da cirurgia): se um tumor é grande, a radioterapia pode diminuí-lo, tornando-o menos nocivo e mais fácil de removê-lo cirurgicamente.
  4. Radioterapia adjuvante: administrada após a cirurgia. O objetivo é eliminar as células cancerosas que ficaram para trás.
  5. Combinação terapêutica (radioterapia combinada com outro tipo de terapia): em alguns casos a radioterapia combinada com a quimioterapia é mais eficaz.

Quimioterapia

A quimioterapia envolve o uso de produtos químicos (medicamentos) para tratar a doença. Sendo bem específico, o objetivo da quimioterapia é a destruição das células cancerosas. A medicação citotóxica evita que as células cancerosas se dividam e cresçam.
Em geral, a quimioterapia tem como objetivos:
  • Remissão total: para curar o paciente. Em alguns casos, a quimioterapia, por si só, pode eliminar o câncer completamente.
  • Auxiliar numa terapia de combinação: quimioterapia pode ajudar outras terapias, como a radioterapia ou cirurgia, a terem resultados mais eficazes.
  • Atrasar / prevenir a recorrência: quando a quimioterapia é utilizada para prevenir o retorno de um câncer. É mais frequentemente utilizado após um tumor ser removido cirurgicamente.
  • Retardar a progressão do câncer: usado principalmente quando o câncer está em estágios avançados e uma cura é improvável. A quimioterapia pode retardar o avanço do câncer e permitir mais tempo de vida.
  • Aliviar os sintomas: também mais freqüentemente usado para pacientes com câncer avançado.

 

Grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo, a hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas. São doenças silenciosas que nem sempre apresentam sintomas, mas, quando estes aparecem, podem ser cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. Existem, ainda, os vírus D e E, esse último mais frequente na África e na Ásia. Milhões de pessoas no Brasil são portadoras dos vírus B ou C e não sabem. Elas correm o risco de as doenças evoluírem (tornarem-se crônicas) e causarem danos mais graves ao fígado, como cirrose e câncer. Por isso, é importante ir ao médico regularmente e fazer os exames de rotina que detectam a hepatite. 
Para saber se há a necessidade de realizar exames que detectem as hepatites, observe se você já se expôs a algumas dessas situações:

  • Contágio fecal-oral: condições precárias de saneamento básico e água, de higiene pessoal e dos alimentos (vírus A e E);
  • Transmissão sanguínea: se praticou sexo desprotegido ou compartilhou seringas, agulhas, lâminas de barbear, alicates de unha e outros objetos que furam ou cortam (vírus B, C e D);
  • Transmissão sanguínea: da mãe para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação (vírus B, C e D).
No caso das hepatites B e C, é preciso um intervalo de 60 dias para que os anticorpos sejam detectados no exame de sangue.
A evolução das hepatites varia conforme o tipo de vírus. Os vírus A e E apresentam apenas formas agudas de hepatite (não possuindo potencial para formas crônicas). Isso quer dizer que, após uma hepatite A ou E, o indivíduo pode se recuperar completamente, eliminando o vírus de seu organismo. Por outro lado, as hepatites causadas pelos vírus B, C e D podem apresentar tanto formas agudas quanto crônicas de infecção - nesse último caso, quando a doença persiste no organismo por mais de seis meses.
As hepatites virais são doenças de notificação compulsória, ou seja, cada ocorrência deve ser notificada por um profissional de saúde. Esse registro é importante para mapear os casos de hepatites no país e ajuda a traçar diretrizes para as políticas públicas no setor.
Fonte:
http://www.ortopediabr.com.br/cancer-nos-ossos-dor-nos-ossos
/http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-sao-hepatites-virais 

domingo, 10 de junho de 2018

como foi criado o gargo do Agentes comunitários de saúde


Agentes comunitários de saúde


O programa de Agentes Comunitários de Saúde é hoje considerado parte da Saúde da Família. Nos municípios onde há somente o PACS, este pode ser considerado um programa de transição para a Saúde da Família. No PACS, as ações dos agentes comunitários de saúde são acompanhadas e orientadas por um enfermeiro/supervisor lotado em uma unidade básica de saúde que possui as principais especialidades médicas (pediatria, clínica médica e ginecologia-obstetrícia) e demanda espontânea e/ou encaminhada por unidades elementares de saúd





Origem e evolução

O homem é parte da Natureza, e está sujeito às suas leis, como qualquer outro ser da terra. Esta imutável máxima, nos faz crer que melhores métodos de cura para as enfermidades são, sem dúvida, aqueles que usam os poderosos agentes da natureza.
Estes agentes são: Ar,Luz, Sol, Água, Alimentação, Exercícios Físicos, Terra curativa (argila).
Os primeiros profissionais de saúde não foram médicos de nível técnico ou elementar foram os Visitadores Sanitários e Inspetores de Saneamento ainda vinculados ao projeto das campanhas de saúde pública que no Brasil do início do século XX controlaram os surtos de peste bubônica e erradicaram a febre amarela, entre outros agravos. Portanto, eram os responsáveis pelo controle de endemias nas áreas urbanas/rurais.
No Brasil identifica-se a utilização desses técnicos de saúde desde a SUCAM – Superintendência de Campanhas de Saúde Pública, órgão que resultou da fusão do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DENERu), da Campanha de Erradicação da Malária e da Campanha de Erradicação da Varíola aos programas de saúde da década de 1970.
Com efeito, sua origem parece ter sido na Rússia dos Czares, no século XVIII, época em que foi criada a figura do feldsher, palavra que, curiosamente, significa “barbeiro de campo”. Suas tarefas eram inicialmente ligadas à higiene e à saúde das tropas imperiais em missões de guerra. Isso evoluiu, posteriormente, também para a prestação de serviços à população civil.[2] Outros supõem que a origem dessa estratégia deu-se na China, onde ficaram conhecidos como Médicos de pés descalços, no início dos anos 1950 e proposições de saúde comunitária com assistentes médicos nos Estados Unidos dos anos de 1960 e 1970.[3]
A primeira experiência de Agentes Comunitários de Saúde como uma estratégia abrangente de saúde pública estruturada, ocorreu no Ceará em 1987, com o objetivo duplo de criar oportunidade de emprego para as mulheres na área da seca e, ao mesmo tempo, contribuir para a queda da mortalidade infantil, priorizando a realização de ações de saúde da mulher e da criança. Esta estratégia expandiu-se rapidamente no Estado, atingindo praticamente todos os municípios em três anos, sendo encampada pelo Ministério da Saúde (MS) mais ou menos nos mesmos moldes, em 1991. As primeiras experiências do Programa de Saúde da Família, PSF, nos moldes atuais, também surgiram no Ceará em janeiro de 1994, sendo encampadas pelo MS em março do mesmo ano, como estratégia de reorganização da atenção básica no país. A partir daí o Programa de Agentes Comunitários de Saúde, PACS, passou a ser incorporado pelo PSF.[4]
O Agente Comunitário de Saúde (ACS) resultou da criação do PACS (Programa dos Agentes Comunitários de Saúde) em 1991, como parte do processo de construção do Sistema Único de Saúde, estabelecida por norma constitucional em 1988, .[1] O Agente Comunitário de Saúde é capacitado para reunir informações de saúde sobre uma comunidade. Na concepção inicial, deveria ser um dos moradores daquela rua, daquele bairro, daquela região, selecionado por ter um bom relacionamento com seus vizinhos e condição de dedicar oito horas por dia ao trabalho de ACS. Orientado por supervisor (profissional enfermeiro ou médico) da unidade de saúde, realiza visitas domiciliares na área de abrangência da sua unidade, produzindo informações capazes de dimensionar os principais problemas de saúde de sua comunidade.
Com a proposição do Ministério da Saúde de 1994, quando se criou o PSF (Programa de Saúde da Família), os Agentes Comunitários de Saúde podem ser encontrados em duas situações distintas em relação à rede do SUS:
  • Ligados a uma unidade básica de saúde ainda não organizada na lógica da Saúde da Família;
  • Ligados a uma unidade básica de Saúde da Família como membro da equipe multiprofissional. Atualmente (2008), encontram-se em atividade no país 204 mil ACS, estando presentes tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em municípios altamente urbanizados e industrializados.
Atribuições do Agente Comunitário

Segundo documentos do Ministério da Saúde de 1994[5] Inclui-se no elenco de ações proposto:
- Estimular continuamente a organização comunitária ()();
- Participar da vida da comunidade principalmente através das organizações, estimulando a discussão das questões relativas à melhoria de vida da população;
- Fortalecer elos entre a comunidade e os serviços de saúde;
- Coletar dados sobre aspectos sociais, econômicos, sanitários e culturais.
- Informar aos demais membros da equipe de saúde da disponibilidade necessidades e dinâmica social da comunidade;
- Orientar a comunidade para utilização adequada dos serviços de saúde;
- Registrar nascimentos, doenças de notificação compulsória e de vigilância epidemiológica e óbitos ocorridos;
- Cadastrar todas as famílias da sua área de abrangência;
- Identificar e registrar todas as gestantes e crianças de 0 a 6 anos de sua área de abrangência, através de visitas domiciliares;
- Atuar integrando as instituições governamentais e não governamentais, grupos de associações da comunidade (parteiras, clube de mães, etc.);
- Executar dentro do seu nível de competência, ações e atividades básicas de saúde:
  • Acompanhamento de gestantes e nutrizes.
  • Incentivo ao aleitamento materno.
  • Acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança.
  • Garantia do cumprimento do calendário da vacinação e de outras vacinas que se fizerem necessárias.
  • Controle das doenças diarréicas.
  • Controle da Infecção Respiratória Aguda (IRA).
  • Orientação quanto a alternativas alimentares.
  • Utilização da medicina popular.
  • Promoção das ações de saneamento e melhoria do meio ambiente.
Ver também o Manual do Agente Comunitário de Saúde[6] que enfatiza a relação de conhecimento/ intervenção na comunidade incluindo sua representação ou participação no Conselho Municipal de Saúde.i


Agente de Saúde da Família

Em 1994 o Ministério da Saúde lançou o PSF como uma das estratégias da Política Nacional de Atenção Básica, com caráter organizativo complementar e substitutivo ao PACS para qual as ações dos agentes comunitários de saúde sejam acompanhadas e orientadas por um enfermeiro(a), sendo este profissional o responsável pela supervisão e acompanhamento do trabalho dos ACSs, lotado em uma unidade básica de saúde, que possui as especialidades básicas e demanda espontânea e/ou encaminhada por Unidades Elementares de Saúde.
Essencialmente, as atribuições do agente comunitário são as mesmas, contando agora com o apoio direto do enfermeiro(a) e médico(a) de saúde da família, responsáveis pela população de um mesmo território e/ou microrregião; e em alguns municípios contam ainda com odontólogos, profissionais de serviços sociais e psicólogos, na mesma unidade de saúde ou na unidade de referência (Unidades Básicas Matriciais)
Por outro lado, para cumprir a proposição de conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis (cerca de 150 famílias ou 750 pessoas por agente), identificando os problemas de saúde mais comuns e situações de risco que a população está exposta, novas demandas surgem ou se especificam continuamente.
O suporte ao atendimento da morbi-mortalidade por causas externas as quais englobam outros fatores de risco e danos à saúde como, por exemplo, os acidentes de trânsito, programas de recuperação para usuários de drogas, atenção aos problemas da violência doméstica contra mulher, criança ou idoso para os quais existem proposições específicas de vigilância e controle além do SIAB Sistema de Informação da Atenção Básica programa com o qual o ACS produz as informações relativas ao território que administra, não estava previsto como tarefa sua.
Novas formações profissionais de nível técnico têm sido argumentadas, propostas e instituídas para a capacitação de servidores que compõem o quadro do SUS e atuam diretamente com a SVS (Secretaria de Vigilância em Saúde). A formação técnica em Vigilância em Saúde, com o apoio do Ministério da Saúde aprimora ou complementa o conhecimento científico e tecnológico na área preventiva de doenças e agravos e na promoção da saúde substituindo a antiga visão de trabalho do Agente de Controle de Zoonoses ou Agente de Combate às Endemias (o antigo visitador sanitário vulgo mata mosquito); e no âmbito da justiça e educação o educador social. Esse último, em alguns aspectos, confunde-se com o serviço voluntário do técnico judiciário conhecido como Comissário de menores. A pergunta que fica no ar é: não seria melhor ampliar a capacidade do ACS incluindo uma melhor remuneração com o objetivo de valorizar este servidor do que apenas a pulverização dos profissionais da área da saúde?
Fonte:

  TRANSFERÊNCIA DE DATA DO PROGRAMA DE SAÚDE PREVENTIVA TRIUNFO - RS TRANSFERIDO PARA DATA  AINDA NÃO MARCADA  Saudações a todos. Prezadas (...