Estudo foi um dos mais avançados para a oferta de uma futura vacina contra a doença para proteger mulheres e crianças da microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pelo vírus
O estudo foi um dos mais avançados para a oferta de
uma futura vacina contra a doença para proteger mulheres e crianças da
microcefalia e outras alterações neurológicas causadas pelo vírus. Os
dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) pela revista Nature
Communications.
Os testes pré-clínicos foram realizados
simultaneamente no Instituto Nacional de Saúde (NIH), Universidade do
Texas e Universidade Washington, dos Estados Unidos, todos parceiros da
pesquisa. Os testes obtiveram sucesso em seu objetivo, que é impedir que
o zika vírus cause microcefalia e outras alterações do sistema nervoso
central tanto nos camundongos quanto nos macacos.
O Ministério da Saúde vai destinar R$ 7 milhões nos próximos cinco anos para o desenvolvimento e produção da vacina.
Esterilidade em machos
Além dos testes em fêmeas, foram realizados testes em
camundongos machos. Um dos achados científicos inéditos é que o zika
vírus pode ser capaz de causar esterilidade. A infecção nos animais
reduziu consideravelmente a quantidade de espermatozoides, a mobilidade
deles (ficaram praticamente imóveis) e o tamanho dos testículos
(atrofia). Esses testes não foram realizados nos macacos.
No entanto, não é possível afirmar que esse efeito
também se aplique aos seres humanos. O diretor do Instituto Evandro
Chagas (IEC), Pedro Vasconcelos, ressalta que é preciso mais estudos
para entender a dimensão desse problema. “Há uma preocupação de que esse
achado evidencie que possa ocorrer um impacto similar entre os seres
humanos, contudo ainda não há nenhum estudo que demonstre isso”, pontuou
Vasconcelos.
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