segunda-feira, 30 de julho de 2018

Agosto Dourado: Entenda a importância da amamentação para a vida dos bebês

 Nesse mês, entre os dias 01 e 07, acontece a "Semana Mundial da Amamentação", por isso, o período é destinado às informações


Iniciada nesse ano, a campanha "Agosto Dourado" busca a maior conscientização para a importância da amamentação na vida dos bebês

Você sabia que o mês de agosto é dedicado à amamentação? O "Agosto Dourado" simboliza uma campanha social pela maior consciência de papais e mamães - tanto antes como após a gestação - quanto a importância do leite materno na alimentação dos primeiros anos de vida dos bebês.

Oficialmente lançado em 2017, o Agosto Dourado foi criado pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) com base na semana do aleitamento materno, que acontece de 1 a 7 desse mês. A proposta é que todos os dias do período sejam dedicados a incentivar e estimular a amamentação. Além disso, a cor escolhida para campanha é uma significa o "padrão ouro de qualidade" do alimento:
"São 31 dias em que a entidade que congrega os pediatras do País, estará buscando a sensibilização de profissionais e da população em geral para a importância do ato de amamentar, buscando o apoio e o estímulo a esse gesto", divulgou a entidade.

Por que amamentar? Entenda a importância desse ato de amor

O leite materno é o primeiro alimento da nossa vida logo quando chegamos ao mundo. É através dele que o corpo se desenvolve e é fortalecido, para que as mais variadas doenças sejam prevenidas. É um alimento crucial, pelo menos nos primeiros meses de vida, reduzindo assim o índice de mortalidade infantil, como divulga a Organização Mundial de Saúde, OMS:
"As crianças devem fazer aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebé deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida. A partir dos 6 meses de idade todas as crianças devem receber alimentos complementares (sopas, papas, etc.) e manter o aleitamento materno. As crianças devem continuar a ser amamentadas, pelo menos, até completarem os 2 anos de idade", divulgou o órgão.
Benefícios do leite materno - Diferente dos demais tipos de leites que normalmente são comercializados, o leite materno contém todas as proteínas, gorduras, vitaminas, açúcares e água que uma criança precisa para se desenvolver, além dos anticorpos e glóbulos brancos que previnem as infecções e as doenças.

O aleitamento materno aproxima os laços da mãe com a criança: Veja mais 4 benefícios da amamentação

Além dos benefícios nutricionais que o aleitamento materno pode trazer para o bebê, esse gesto aproxima mais o elo entre a mãe e o filho e ainda melhora a saúde da mulher. Veja alguns desses benefícios:
- Diminui a ansiedade da mãe: Durante a amamentação, a mãe entra em completa sintonia com o bebê, que precisa de tranquilidade e calma para se alimentar. O momento, consequentemente, faz com que a mãe se acalme e desfrute a maternidade.
- Aumenta a segurança: Principalmente para as mamães de primeira viagem, tudo é muito novo e a insegurança aparece. Porém, quando você amamenta, é perceptível a dependência que aquele ser tem de você, criando forças para confiar e fazer o melhor pela criança.
- Favorece o emagrecimento: Sabe aqueles quilinhos extras que, normalmente, a mãe ganha durante a gestação? A amamentação também ajuda a voltar ao peso ideal. Segundo estudos, o ato gera uma queima de calorias (cerca de 700 Kcal por dia), porque a ocitocina, hormônio produzido naturalmente pelo corpo, aumenta as contrações uterinas, reduzindo a queima natural de gorduras localizadas.
- Previne a anemia: Quando a mulher está amamentando, a menstruação demora mais tempo para voltar ao normal e descer regularmente, sendo assim, a quantidade de ferro do organismo fica preservada por mais tempo, impedindo a anemia.
* Outras informações sobre a campanha Agosto Dourado podem ser conferidas no site da Sociedade Brasileira de Pediatria.
fonte:

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Brasil tem 822 casos confirmados de sarampo; 3.831 são investigados

Surtos estão relacionados à importação, já que foi comprovado que o vírus que circula no país é o mesmo da Venezuela

Dados atualizados pelo Ministério da Saúde apontam que o Brasil registra 822 casos confirmados de sarampo (Joe Raedle/AFP) 

 

Dados atualizados pelo Ministério da Saúde apontam que o Brasil registra 822 casos confirmados de sarampo, sendo 519 no Amazonas e 272 em Roraima. Ambos os estados têm ainda 3.831 casos em investigação. Casos considerados isolados foram confirmados em São Paulo (1), no Rio de Janeiro (14), no Rio Grande do Sul (13), em Rondônia (1) e no Pará (2).
De acordo com o ministério, os dois surtos identificados no Norte e os demais casos no Sul e Sudeste estão relacionados à importação, já que foi comprovado que o vírus que circula no Brasil é o mesmo da Venezuela. “Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados”, destacou o Ministério da Saúde, por meio de nota.

Eliminação

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo e, atualmente, segundo o governo, empreende esforços para interromper a transmissão dos surtos. Para ser considerada transmissão sustentada da doença, um mesmo surto deve se manter por mais de 12 meses.
Entre 2013 e 2015, o Brasil registrou surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, quando foram registrados 1.310 casos de sarampo – a maioria, em Pernambuco e no Ceará.

Esquema vacinal

A dose contra o sarampo é ofertada gratuitamente por meio da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e da tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). Ambas fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação e estão disponíveis ao longo de todo o ano nos postos de saúdes.
Neste momento, o ministério está intensificando a vacinação entre crianças, público mais suscetível à doença. A indicação é que elas recebam uma dose da tríplice viral aos 12 meses e uma da tetra viral aos 15 meses. Crianças entre 5 e 9 anos que não foram vacinadas anteriormente devem receber duas doses da tríplice viral, com intervalo de 30 dias entre elas.
Adultos não vacinados devem receber a vacina prioritariamente em locais onde há surto da doença, como Roraima e Manaus. Pessoas que já completaram o esquema vacinal não precisam se vacinar novamente.

Casos de sarampo no Brasil

ESTADO CASOS CONFIRMADOS
AMAZONAS 519
RORAIMA 272
SÃO PAULO 1
RIO DE JANEIRO 14
RIO GRANDE DO SUL 13
RONDÔNIA 1
PARÁ 2
TOTAL 822

Campanha

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e o Sarampo será de 6 a 31 de agosto, com o chamado Dia D de Mobilização Nacional agendado para 18 de agosto. Todas as crianças com idade entre 1 ano e menores de 5 anos devem ser levadas aos postos de saúde – mesmo que já tenham sido imunizadas anteriormente.

Américas

A região das Américas foi a primeira em todo o mundo a ser declarada, em 2016, como livre do sarampo. A doença pode causar graves problemas de saúde, como pneumonia, cegueira, inflamação do cérebro e até mesmo a morte. A Opas alertou que, até que o vírus seja erradicado em todo o mundo, há sempre o risco de um país ou continente registrar casos importados.
Fonte :
https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-tem-822-casos-confirmados-de-sarampo-3-831-sao-investigados/
https://g1.globo.com/bemestar/noticia/2018/07/25/brasil-tem-822-casos-confirmados-de-sarampo-informa-ministerio.ghtml

 

domingo, 22 de julho de 2018

São atualizados os casos de sarampo no Brasil

Até o dia 17 de julho, 444 casos foram confirmados de sarampo no Amazonas e 216 em Roraima. Todos estão relacionados à importação




O Ministério da Saúde atualizou nesta quarta-feira (18) as informações repassadas pelas secretarias estaduais de saúde sobre a situação do sarampo no país. Atualmente, o país enfrenta dois surtos de sarampo, em Roraima e Amazonas. No entanto, os surtos estão relacionados à importação. Isso ficou comprovado pelo genótipo do vírus (D8) que foi identificado, que é o mesmo que circula na Venezuela. Até o dia 17 de julho, foram confirmados 444 casos de sarampo no Amazonas, 2.529 permanecem em investigação e 147 foram descartados. O estado de Roraima confirmou 216 casos da doença, 160 continuam em investigação e 38 foram descartados.
Além disso, alguns casos isolados e relacionados à importação foram identificados nos estados de São Paulo (1), Rio Grande do Sul (8); e Rondônia (1). Até o momento, o Rio de Janeiro informou ao Ministério da Saúde, oficialmente, 7 casos confirmados. O Ministério da Saúde permanece acompanhando a situação e prestando o apoio necessário ao Estado. Cabe esclarecer que as medidas de bloqueio de vacinação, mesmo em casos suspeitos, estão sendo realizadas em todos os estados.

UF NOTIFICADOS CONFIRMADOS EM INVESTIGAÇÃO DESCARTADOS
AM 3.120 444 2.529 147
RR 414 216 160 38
RO 1 1 - -
SP 1 1 - -
RJ 40 7 33 -
RS 10 8 2 -

Eliminação do sarampo

 

Em 2016, o Brasil recebeu da Organização Pan-Americana da Saúde o certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo, e atualmente empreende esforços para manter o certificado, interromper a transmissão dos surtos e impedir que se estabeleça a transmissão sustentada. Para ser considerada transmissão sustentada, seria preciso a ocorrência do mesmo surto por mais de 12 meses.
Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos decorrentes de pacientes vindos de outros países, sendo registrados neste período 1.310 casos da doença. O maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará.

Nos surtos de sarampo ocorridos no Ceará e em Pernambuco entre 2013 e 2015, as ações de bloqueio e campanha de vacinação foram realizadas pelo Ministério da Saúde - em conjunto com os estados e municípios - foram eficientes e resultaram na interrupção da transmissão da doença. Em 2017, casos de sarampo em venezuelanos que adentraram no estado de Roraima foram confirmados, ocasionando um surto da doença no estado, com ampliação de casos da doença para Manaus em 2018. O Ministério da Saúde permanece monitorando a situação do sarampo em todo o país, especialmente em Roraima e no Amazonas, e as medidas de controle e prevenção já estão sendo realizadas.


Esquema vacinal

 

O Ministério da Saúde oferta gratuitamente para todos os estados do país as vacinas tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba) e a tetra viral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela). As vacinas fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação e estão disponíveis ao longo de todo o ano nos postos de saúde em todo o país.

É importante ressaltar que não há necessidade de corrida aos postos de saúde, já que as ações para controle do surto da doença, como bloqueio vacinal, nas localidades acometidas por casos de sarampo estão sendo realizadas com rigor. Neste momento, o Ministério da Saúde está intensificando a vacinação das crianças, público mais suscetível à doença. Entretanto, adultos não vacinados devem receber a vacina prioritariamente em locais onde há surto da doença, como em Roraima e Manaus (AM). Pessoas que já completaram o esquema, conforme preconizado para sua faixa etária, não precisam novamente receber a vacina.
Crianças:

  • 12 meses a menores de 5 anos de idade:  uma dose aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral).
  • 5 anos a 9 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente: duas doses da vacina tríplice com intervalo de 30 dias entre as doses.

    Campanha nacional de vacinação

     

    Desde fevereiro, o Ministério Saúde tem mantido equipes técnicas nos estados do Amazonas e Roraima para apoiar, acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento da situação. A pasta tem qualificado profissionais de saúde com o objetivo de possibilitar a identificação de sinais e sintomas que definem um caso suspeito de sarampo, além da adoção de outras ações de vigilância epidemiológica de forma oportuna.
    Além disso, o Ministério da Saúde apoiou os gestores locais dos dois estados na revisão de prontuários e fichas de atendimento, com o intuito de encontrar casos de sarampo que não tenham sido identificados oportunamente e descartar casos suspeitos que não se encaixem na definição de caso. Também foi realizada intensificação vacinal nos estrangeiros presentes no posto da Polícia Federal, em Roraima.
    Foi elaborado, ainda, um plano de fortalecimento da vigilância epidemiológica do sarampo no estado do Amazonas, considerando eixos prioritários de atuação: municípios com mais de 75 mil habitantes, Região Metropolitana de Manaus, Municípios Sede de DSEI, Municípios de fronteira com outros países, Municípios Polo e Comunicação. Para o enfrentamento da situação do sarampo no estado do Amazonas, estão em andamento o bloqueio vacinal, a intensificação vacinal, a varredura (vacinação casa a casa), assim como estratégias de isolamento de casos suspeitos/confirmados durante o período de transmissibilidade.

    Cobertura vacinal 

     A meta de vacinação contra o sarampo é de 95%. Em 2017, dados preliminares apontam que a cobertura no Brasil foi de 85,21% na primeira dose (tríplice viral) e de 69,95% na segunda dose (tetra viral).
    Fomte:
    http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/43868-ministerio-da-saude-atualiza-casos-de-sarampo-no-brasil 

sábado, 21 de julho de 2018

No RS, pais podem perder a guarda se não vacinaram os filhos, alerta MP

Promotora diz que medida foi necessária porque muita gente está dando ouvidos a notícias falsas sobre vacinas publicadas na internet.


O Ministério Público do Rio Grande do Sul lançou uma campanha para alertar os pais sobre a obrigação legal de vacinar os filhos. E para as consequências graves do descumprimento dessa obrigação.
No vídeo publicado numa rede social, a promotora do Ministério Púbico estadual gaúcho recomenda que os pais vacinem os filhos. “A vacinação é tremendamente importante, não só pela questão da saúde individual da criança, mas também a saúde coletiva das outras crianças com quem esta criança não vacinada pode conviver”, explica Inglacir Delavedova.
Ela alerta para as consequências legais para quem não cumprir a determinação. A promotora diz que a medida foi necessária porque muita gente está dando ouvidos a notícias falsas sobre vacinas publicadas na internet e em mensagens por celular: “Existe muita desinformação nas redes sociais e isso traz de desserviço à saúde das crianças da nossa cidade e do nosso país no geral”.
Pelo Estatuto da Criança e do Adolescente é obrigatória a vacinação nos casos recomendados. Se houver descumprimento, os pais podem pagar multa e até perder a guarda dos filhos.
"Foi muito bem observado pelo Ministério Público. Ele está defendendo o direito da criança à saúde", afirma Carlos Kremer, presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/RS.
Escolas, postos de saúde... Qualquer pessoa pode denunciar. A partir daí, a promotoria analisa a carteira de vacinação da criança. Depois de receber a denúncia, o Ministério Público dá dez dias de prazo para que os pais comprovem que fizeram a vacinação. Se isso não acontecer, uma medida judicial de busca e apreensão pode obrigá-los a trazerem as crianças ao posto para tomar a vacina.
O Ministério da Saúde oferece de graça todas as 19 vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde. Mas a baixa procura causa preocupação: 312 municípios do Brasil estão com cobertura abaixo de 50% para vacinação de poliomielite e o sarampo reapareceu. Uma doença que já tinha sido eliminada do país.
“Como as coberturas estão muito baixas, a gente vê com bons olhos essa iniciativa. Apesar de ser uma medida um pouco drástica, né? A gente acha que os pais têm que ter consciência disso, que é uma proteção para os filhos, e que tem que vacinar os seus filhos”, afirmou Juarez Cunha, diretor da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul.
A servidora pública Marina Dorneles mantém a carteira do João Manuel sempre em dia: “Não adianta a gente reclamar do estado, das coisas se a gente não cumprir o nosso papel de mãe que é vacinar nas datas certas. É, obrigação. É obrigação de mãe, é dever”.
Em Manaus, a Secretaria de Saúde começou a vacinação nas escolas contra o sarampo. Cem mil alunos devem receber as doses. 448 pessoas tiveram a doença este ano e um bebê morreu.
Fonte:

http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/07/no-rs-pais-podem-perder-guarda-se-nao-vacinaram-os-filhos-alerta-mp.html

domingo, 15 de julho de 2018

Pais que não vacinam filhos podem pagar multa e até perder a guarda, alerta MP

Em um vídeo divulgado nas redes sociais, promotora de Justiça da Infância e Juventude informa sobre as implicações legais de não imunizar regularmente os filhos 

O Ministério Público do Rio Grande do Sul divulgou um vídeo para alertar pais e responsáveis sobre a importância da vacinação infantil e as possíveis consequências legais para aqueles que negligenciam as recomendações de imunização. De acordo com a procuradora de Justiça da Infância e Juventude Inglacir Delavedova, estão previstas medidas de responsabilização dos pais por multa administrativa ou até a perda da guarda.  

— A vacinação é importante não só pela saúde individual da criança mas também pela saúde coletiva das outras crianças com quem a não vacinada pode conviver (...) Tanto que está previsto em normas federais, como o Estatuto da Primeira Infância, em que se estabelece que todas entidades devem colaborar — afirma a procuradora.

Inglacir explica que o MP passa a agir quando recebe a informação, em qualquer Promotoria de Justiça do Estado, de que não há a regular vacinação da criança:
— Na medida em que chegar uma notícia nesta Promotoria de Justiça ou em qualquer Promotoria de Justiça do Estado, o Ministério Público irá tomar providências para localizar a família, contatar e dar um prazo para que eles façam a vacinação voluntariamente. Se não fizerem, poderão ser tomadas medidas judiciais de busca e apreensão da criança, ela será levada à vacinação e os pais poderão ser avaliados, por um tempo, pela possível negligência.

De acordo com a promotora, a motivação para publicar o vídeo veio de uma movimentação percebida nas redes sociais e de fake news difundidas sobre um possível risco de vacinar as crianças.
Na última semana, o Rio Grande do Sul registrou o sétimo caso de infecção por sarampo. De acordo com o Ministério da Saúde, as Américas haviam sido consideradas livres de sarampo em setembro de 2016, após a ausência da circulação do vírus pelo período de 12 meses. Agora, o Brasil possui 351 casos confirmados, todos considerados importados ou relacionados à importação, sendo duas mortes registradas em decorrência da doença.
De acordo com o levantamento mais recente divulgado pela Secretaria Estadual da Saúde, no último sábado (7), o número de mortes por Influenza chegou a 14 no RS. Quatro casos são de moradores de Porto Alegre, o município com maior número vítimas. Os demais foram em Canela, Canoas, Flores da Cunha, Gramado, Lajeado, São Leopoldo, São Marcos, Sapiranga, Vera Cruz e Tupanciretã.
Fonte:
 https://gauchazh.clicrbs.com.br/saude/noticia/2018/07/pais-que-nao-vacinam-filhos-podem-pagar-multa-e-ate-perder-a-guarda-alerta-mp-cjjlmx7wf0sgm01qoj4j1y1zz.html?utm_source=facebook&utm_medium=gzh&utm_content=saude

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Baixa cobertura vacinal contra a pólio acende alerta na Saúde

Pasta chama a atenção para perigo de reintrodução de doenças já consideradas eliminadas, como sarampo e poliomielite

 

 O alerta feito pelo Ministério da Saúde nesta semana sobre a baixa cobertura vacinal no País em crianças chama atenção para o perigo de reintrodução de algumas doenças que já eram consideradas eliminadas, como o sarampo e a poliomielite. O governo federal divulgou uma lista com os 312 municípios onde o índice de imunização contra a pólio está abaixo de 50% para crianças com menos de um ano de idade e a lista revela uma situação preocupante no Paraná, na região dos Campos Gerais. Dos oito municípios do Estado incluídos na lista, sete estão na área de abrangência da 3ª Regional de Saúde. Em pior situação está Carambeí, cidade com uma população de pouco mais de 22 mil habitantes e que ocupa a 17ª posição na lista, com um índice de cobertura de 5,43%, segundo o Ministério da Saúde. Na sequência estão Castro (6,88%); Piraí do Sul (9,25%); Ivaí (25,79%); Sengés (28,47%); Porto Amazonas (39,22%) e Ipiranga (40,70%). O único município paranaense fora da área da 3ª Regional de Saúde é Campo do Tenente, na Região Metropolitana de Curitiba, que aparece na lista com uma cobertura vacinal de 44,53%.

Diretor do Centro de Epidemiologia do Paraná, João Luís Crivellaro afirma que houve erro no registro da cobertura vacinal nos oito municípios. Dados ainda preliminares da Sesa (Secretaria Estadual da Saúde) apontam que o Paraná fechou 2017 com uma cobertura vacinal contra a poliomielite acima de 76% e o diretor garante que o índice de imunização em cada uma das cidades paranaenses incluídas na lista do Ministério da Saúde acompanha a cobertura no Estado. "O arquivo foi corrompido e acabou dando distorção nos dados. Houve falha de registro no Programa Nacional de Imunizações, mas já comunicamos o Ministério da Saúde, que irá corrigir as informações. Essa correção é um processo demorado", justifica. "Quando for feita a correção os municípios que estão na lista vão chegar ao patamar de 75% a 80%. A 3ª Regional de Saúde tem uma boa cobertura vacinal."

Segundo ele, em 2015 a vacinação contra a poliomielite no Paraná atingiu 4% a mais das crianças menores de um ano de idade que eram previstas para serem imunizadas, o que explica o índice registrado de 104%. Em 2016, a taxa de imunização caiu um pouco, encerrando o ano em 81,2% e, em 2017, o balanço parcial aponta uma nova queda, de 76,07%. "A gente quer altas coberturas vacinais para todas as doenças, acima de 85%", diz Crivellaro.

A poliomielite está erradicada do Paraná desde 1989 e no Brasil, desde 1990. Em 1994, o País recebeu da Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a Certificação de Área Livre de Circulação do Poliovírus Selvagem. Por essa razão, destaca o Ministério da Saúde, é fundamental a manutenção das elevadas coberturas vacinais, acima de 95%, para evitar a reintrodução do vírus da poliomielite no País. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), três países ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Paquistão e Nigéria.

O perigo da reintrodução da poliomielite no Brasil foi discutido no último dia 28 de junho, durante a reunião da CIT (Comissão Intergestores Tripartite), que reúne representantes do Ministério da Saúde, de Estados e municípios. "O risco existe para todos os municípios que estão com coberturas abaixo de 95%. Temos que ter em mente que a vacinação é a única forma de prevenção da poliomielite e de outras doenças que não circulam mais no País. Todas as crianças menores de cinco anos de idade devem ser vacinadas, conforme esquema de vacinação de rotina e na campanha nacional anual. É uma questão de responsabilidade social", conclui a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Carla Domingues, em nota encaminhada à imprensa pelo Ministério da Saúde.

O esquema de vacinação contra a poliomielite inclui cinco doses da vacina. As três primeiras - aos dois, quatro e seis meses de vida - são injetáveis. As duas últimas, de reforço, são ministradas aos 15 meses e aos quatro anos, em gotas. Entre os dias 6 e 31 de agosto, acontece em todo o País a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Poliomielite. No Paraná, a campanha deverá atingir 581 mil crianças.

Poliomielite: sintomas, transmissão e prevenção

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos. O período de incubação da doença varia de dois a trinta dias sendo, em geral, de sete a doze dias. A maior parte das infecções apresenta poucos sintomas (forma subclínica) ou nenhum e estes são parecidos com os de outras doenças virais ou semelhantes às infecções respiratórias como gripe - febre e dor de garganta - ou infecções gastrintestinais como náusea, vômito, constipação (prisão de ventre), dor abdominal e, raramente, diarréia. Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.

Transmissão

Uma pessoa pode transmitir diretamente para a outra. A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. Crianças mais novas, que ainda não adquiriram completamente hábitos de higiene, correm maior risco de contrair a doença. O Poliovírus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos por fezes. A doença também pode ser transmitida pela forma oral-oral, através de gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar. O vírus se multiplica, inicialmente, nos locais por onde ele entra no organismo (boca, garganta e intestinos). Em seguida, vai para a corrente sanguínea e pode chegar até o sistema nervoso, dependendo da pessoa infectada. Desenvolvendo ou não sintomas, o indivíduo infectado elimina o vírus nas fezes, que pode ser adquirido por outras pessoas por via oral. A transmissão ocorre com mais frequência a partir de indivíduos sem sintomas.

 Prevenção

A poliomielite não tem tratamento específico. A doença deve ser evitada tanto através da vacinação contra poliomielite como de medidas preventivas contra doenças transmitidas por contaminação fecal de água e alimentos. As más condições habitacionais, a higiene pessoal precária e o elevado número de crianças numa mesma habitação também são fatores que favorecem a transmissão da poliomielite. Logo, programas de saneamento básico são essenciais para a prevenção da doença. No Brasil, a vacina é dada rotineiramente nos postos da rede municipal de saúde e durante as campanhas nacionais de vacinação. A vacina contra a poliomielite oral trivalente deve ser administrada aos dois, quatro e seis meses de vida. O primeiro reforço é feito aos 15 meses e o outro entre quatro e seis anos de idade. Também é necessário vacinar-se em todas as campanhas.

OUTRAS DOENÇAS

  

Além da poliomielite, o Ministério da Saúde alerta também para o risco de retorno de outras doenças que já haviam sido eliminadas no País, como o sarampo. Os Estados de Amazonas e Roraima enfrentam surtos da doença. Na última quinta-feira (5), a Secretaria de Saúde de Manaus confirmou a morte de um bebê de sete meses de vida diagnosticado com sarampo. É a primeira morte decorrente da doença registrada no Amazonas desde março e a terceira no Brasil. As outras duas aconteceram em Roraima. Em junho, uma menina de nove anos que também vivia em Manaus morreu por suspeita de sarampo, mas ainda não houve a confirmação da causa do óbito. As duas crianças não haviam sido imunizadas.

Desde março deste ano, mais de 270 casos de sarampo foram confirmados em Manaus e há mais de 1,8 mil sob suspeita. A epidemia da doença que atinge a capital amazonenses colocou a cidade em situação de emergência e a campanha de vacinação foi intensificada.

O Paraná não registra casos de sarampo desde 2000. "Estamos no processo de eliminação da doença. Porém, antes da Copa do Mundo de 2014 (realizada no Brasil), tivemos surto de sarampo em Pernambuco e no Ceará. Foi feita uma campanha que levou quase quatro anos para poder controlar de novo e nós precisamos manter isso", destacou Crivellaro. "Os casos em Manaus nos preocupam porque sarampo é uma doença de fácil transmissão e é um risco para quem não tomou a vacina."

Em 2015, a cobertura vacinal contra o sarampo no Paraná foi de 121,11%, caiu para 85,01% em 2016 e, no ano passado, ficou em 77,58%. "Temos discutido os índices de imunização em nível nacional. É falta de responsabilidade dos pais pelo fato de boa parte deles não terem vivenciado o que é a poliomielite ou o sarampo. Mas não são doenças do passado", avalia Crivellaro.

Fonte:

http://www.bio.fiocruz.br/index.php/poliomielite-sintomas-transmissao-e-prevencao 

https://www.folhadelondrina.com.br/geral/baixa-cobertura-vacinal-contra-a-polio-acende-alerta-na-saude-1010119.html

  TRANSFERÊNCIA DE DATA DO PROGRAMA DE SAÚDE PREVENTIVA TRIUNFO - RS TRANSFERIDO PARA DATA  AINDA NÃO MARCADA  Saudações a todos. Prezadas (...